Delírio
Enlevação
Inebriante
Êxtase
Embriaguez
Líricas lisérgicas
Corrompidos
Os epítetos insofridos
Ultrapassam a
Atmosfera confinada das fantasias
Vasculhando no infinito
As irrupções ilógicas
Prestes a arrebentar o quebra-mar.
Muralha construída ao natural
Que oferece resistência ao embate das
ondas cotidianas
À força das correntes arrastando
companheiros meus
Os sonhos e desejos naufragam devido
o mar bravio.
Universo afora
Alhures no mundo
Casulo escondido
Numa casca de noz
Um corpo atado
Entregue a orgia
Ajusta-se à condição humana.
À noite encarcerada, sangra
Grita de dor
Vítima da insana madrugada
Afronta perigos
Manifesta socorro
Fazendo correr
Entre os dedos
Cada uma das contas de rosário
Desfia em pranto o sol nascente.
José Lima Dias Júnior — 27.08.2013
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