segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nas cores do desatino


 
Por entre às brechas do mundo
Vi a vivência dos homens
Sem nada, entregues
A solidão remoída.

Propus-me a descrever
Aquela vida à margem
Que espiando pela fresta
Vi as práticas abolidas,
Vi a jovem rezando
Uma prece por dia.

O olhar que agora incide,
No elã das almas livres,
Ver figuras abruptas
Que se inscrevem
Na negatividade da existência.

Imediatamente pelo olhar,
Apesar de intransponível,
A vida extrai uma verdade conjurada.

Um rosto descoberto
Aberto para o festim,
As rosas de pétalas cálidas
Enfeitando os querubins.

A vilania rodeando nas margens da consciência
Concede ao homem cotidiano
Um estado de demência.



José Lima Dias Júnior  — 26.08.2013

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