Os fios que
tecem a trama
Entrelaçam-se
e amarram
Às pretensões
e desejos
De uma
onipotência
Cada vez mais
representada
Pulando a
própria sombra
Da opacidade
sem limites
Subtraindo toda
realidade.
O ato recolhe
um modo de ser
Extraordinário
de sentir
E escutar o
silêncio
Enviando
remissões
Na medida em
que retrai
Um horizonte
de doação
Que exige que nos
contentemos
A partir de
seu nada
A partir de
sua ausência
Com o tempo
ocupado
Somos colhidos
Para a
embriaguez
Que se entrega
Ao inesperado,
ao imprevisível.
Com o
respectivo silêncio
E o pensamento
a escutar
Sem espessura
Na ausência da
fala
Que se cala
cheia de sentimentos
Vibra e vive
neste calar-se
Entrelaça a
morte
No tecido da
existência humana
Sem negar a si
mesmo
A terra,
O mundo,
Os homens,
O nada...
Será o
silêncio
A nossa única
saída?
Acervo de
palavras e imagens
Apela para
outras palavras
Temporais e
gestuais que
Vive e morre a
cada instante.
José Lima Dias
Júnior — 30.08.2013
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