Em silêncio pus
os olhos em descanso bendizendo a alma fraca na fé. A tristeza muito mais
fecunda, onde a alegria desejava esperar nascer da mesma haste às flores negras
que plantei.
Misterioso
abismo em que se encontram minhas cadeias. Meus atos de fé, minhas palavras,
minha vontade... Ah! Eu queria!
O sangue que
da carne escorre deságua no açude que secou. Oculto todo segredo do tempo que
não restou. À noite revolve-se e esfrega-se por baixo de teus cabelos. Minhas
loucuras vãs suavemente subtrai da tua boca o furor da juventude.
Exposto aos
olhares de toda a gente, resgatado por Vós, suportei com paciência e colhi a
vindima no vale das lágrimas. Pérfidas palavras trespassadas nas entranhas
prolongam os espasmos da alma. Um sopro de contradição atinge teu universo
quase jactância.
Deparei-me com
uma verdade escusa que aborrecem os homens. Porém, retomei minha liberdade.
Rudemente suportei se ausentando de mim e me lavei com a água santa de um
anjo-querubim que me perdoou das horrendas fraquezas de morte.
José Lima Dias
Júnior — 02.09.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário