Peter Paul Rubens (1577-1640), pintor alemão, quadro The Apotheosios |
Às vezes um
traço desmaterializado
com bruscos
sombreados arrasta-se
na solidão de
uma poderosa força poética
projetada contra
a nudez do relevo
que sugere a
forma, absolutamente isolada,
transfigurada
por um sofrimento que a consome
revelando a
trágica imperfeição dos desalentos.
Os dias
transfigura-se quase abstrato, sonhador.
Sempre igual,
imóvel, quase público, quase privado.
Animados com a
vida, os dias, luminosos,
aludidos silenciosamente
inquietam-se com a delicada visão pictórica.
Retratados na
escuridão do quarto com luzes e chamas, e,
captados nos
seus ambientes se erguem sobre uma lâmina brilhante
as vibrações
que se derramam na transparência atmosférica
dos seus
aspectos transitórios a opulência das figuras humanas.
José Lima Dias
Júnior — 08.09.2012
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