sábado, 7 de setembro de 2013

À noitinha...


Esconde-se nestas trevas
deplorável criatura
que me rodeia
e interroga a si mesmo.
A luz que o criou,
claramente se manifesta,
que se acende para iluminação
transformando-se em padrão decorativo,
esclarecendo ao espírito as calamidades
que desencadeia e se inflama facilmente
no sertão e na cidade.

Libertando-me descanso nos cânticos
entoados com suavidade e arte, com sabor de sangue.
das lágrimas derramadas pelos serafins
vi a minha conversão à fé atraída pelo desejo da carne,
batendo tino com tino,
caída desamparada no chão.
A sobretarde se junta aos múltiplos aspectos
que ultrapassando a representação dos objetos lusco-fusco,
acima de nossas almas, 
oferece um sacrífico ao dia 
que ausente e cansado da noite 
ressurge perante meus olhos.

José Lima Dias Júnior — 07.09.2013


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