domingo, 24 de novembro de 2013

Os dias finais de Sócrates


Eu cá me fazendo esquecer quem sou.
Assombra-me e atraiçoa os discursos
que deposita desconfiança em nomes
e verbos floridos.

Uma súplica premente de um homem-feito
 se ouve em sua defesa.
Em praça pública, os algozes clamam pela
sua morte.

Desorientado, gritava muito diante daquela injustiça
E que o mestre não matara ninguém.
Na ágora, a multidão, furiosa, clamava contra a tirania
que caia sobre ti.
Por misericórdia, um jovem educando rogava a Zeus
que diminuísse o sofrimento daquele homem indefeso.


José Lima Dias Júnior — 24.11.2013

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