Arte: Tomek Setowski, pintor polonês. |
Nos intervalos
de ócio um fidalgo com sua lança e adaga
caminha pelo
imaginário dos altos céus onde as divindades
divinamente o
fortifica com a luz das estrelas.
Ó, pobre
cavaleiro andante desvela o sem fim que há em mim,
ressuscitando aquilo
que perdemos outrora.
Cicatriza as
feridas, da inacabável aventura humana, presente no
rosto e em
todo corpo.
Cavalgando por
entre sonhos percorre as vastas geografias do Ariosto
construindo com
os moinhos de vento seu mundo cotidiano e comum.
Sancho Pança,
seu fiel escudeiro, andarilho que no ardor do combate,
ambos entrevaram-se
invencíveis nas sucessivas batalhas.
Louvarei em
promessas os contínuos pensamentos que me levam a ti
onde se
prosseguem as graças de viver intensamente na áspera penitência
em que se
havia posto.
José Lima Dias
Júnior — 15.11.2013
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