segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O voo do corvo...


Um corvo batendo asas para o súbito espaço das estrelas
arrogava a si o direito de supremacia.
Rasga a noite com gravetos de rosas cálidas anunciando a morte,
já que última fugaz esperança latejando lá embaixo nas raízes mórbidas
se estende como um tapete ondulante de ramos e sombras, descendo abaixo de si.
A luz que brota do céu reflete nos negrumes de suas plumas curvando-se acima da floresta negra.
Livre daquela minúscula gaiola pousa no topo dos sonhos e ergue os olhos para noite estrelada, talvez esperando o dia acordar.

José Lima Dias Júnior — 10.11.2013 

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