A cidade viva com
porta para a rua pranteando todas as manhãs.
A cada
instante a ordem pública desampara a população que se move extenuada, lânguida,
mórbida e doentia.
Numa dessas
casas vi um vasto oceano de lamentos com Gente que reza aos céus esperando
demasiado pela esperança que ainda não veio.
A autoridade
prepara o discurso com palavras padronizadas atiradas ao éter.
O penetrante
dramatismo destas palavras entorpece a alma do povo para seguir o caminho
torcido da alienação, ainda, hoje, desgraçadamente, se mantém fazendo morada no
imaginário coletivo.
Entre a
harmonia das formas e/ou das cores há seres esperançosos acalentando sonhos e
sufocando os tormentos.
José Lima Dias
Júnior — 09.11.2013
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