terça-feira, 26 de novembro de 2013

Nas ruínas da estação


Nas ruínas da estação
cavei a minha sina
com enxada e pá.
Plantei meia dúzia de árvores
com grãos de areia que juntei
na esquina da solidão.

Suas raízes iam caladas
fazer sombras em minha alma
alimentada de poesia.
Flor de translúcida brancura,
crisântemos cálidos e as açucenas
dizem que a vida é feita de ilusão.

Em silenciosa oração
estendi no varal a esperança
para acolher todos os desvalidos,
cada um com seus desgostos,
que o procuravam.


José Lima Dias Júnior — 25.11.2013

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