quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Na solidão do orvalho



A indefesa rosa num gesto infinito
tinge o jardim com a cor da manhã.
Por cima do rubro lábio sobrepaira
desejos em abandonos.

Mãos que se entrelaçam desvirtuadas onde
as incertezas proscritas, sangram à noite
e os arroubos já dementes sentem o frio na carne.

Braços bipartindo acenam para o silêncio
que deflorando o alvorecer dilatam as pétalas da tua nudez
presa na haste prematura que derrama sobre ti a solidão do orvalho.


José Lima Dias Júnior — 03.10.2013  16:40

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