A indefesa
rosa num gesto infinito
tinge o jardim
com a cor da manhã.
Por cima do
rubro lábio sobrepaira
desejos em
abandonos.
Mãos que se
entrelaçam desvirtuadas onde
as incertezas
proscritas, sangram à noite
e os arroubos
já dementes sentem o frio na carne.
Braços
bipartindo acenam para o silêncio
que deflorando
o alvorecer dilatam as pétalas da tua nudez
presa na haste
prematura que derrama sobre ti a solidão do orvalho.
José Lima Dias
Júnior — 03.10.2013 16:40
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