quinta-feira, 18 de julho de 2013

No afã das manhãs





Por meio de esperanças messiânicas tornei-me um taumaturgo sem ter influência sobre as almas. Meu caráter divino não era forte o bastante para que os espíritos livres fossem levados a acreditarem no poder miraculoso que possuía. Ligados por um vínculo de sujeição, antigos senhores do mundo se identificam pelos seus desatinos. Herdeiros incapazes de gerir novos cânticos, cujas formas de deficiência repousam na desordem de suas práticas. Longe de serem ilimitados, no fundo da natureza moral há solidão. De um modo obscuro, diferentes formas de incapacidades e loucura se apresentam no afã das manhãs assimilando as regras da vida cotidiana. Um poder inumano conduz o homem ao julgamento e a execução da sentença instituída pelo tempo que consome as angústias diárias. Por mais que parece obscuro ao coração dos homens, tal aparência corresponde à realidade mesmo que não se trate de manifestar o insensato do mundo.

José Lima Dias Júnior, 17:49, 18/07/2013.

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