segunda-feira, 29 de julho de 2013

Força realística...











Pela extensão do seu domínio surge e desenvolve-se outra grandiosa civilização. No jardim do imperador colhi uma ornamentação linear, onde um sentido assimétrico e rítmico se observa na poesia das flores.

A vocação de um mundo espiritual transita na extraordinária fantasia figurativa que a conduz a representação da figura humana. Tocados por uma certa densidade não resta nenhuma esperança no horizonte apesar de tão livres e tão cheios de entusiasmos.

O sentido mágico e abstrato das cores, iluminadas de poemas residentes, nas cortes locais nas quais se escurecem os ecos dos lamentos. Sem renunciar à pura fantasia, o poeta faz florescer uma força realística capaz de celebrar e exaltar os aspectos humanos.

Representando a vida dos homens, nas suas origens remotas, com suas cerimônias e suas festas encontra-se de fato a face da cultura do encontro. Plenos de sentido narrativo os dias aparecem dispostos segundo ritmos circulares.  Isolado do resto do mundo, o artista não idealiza o real, mas apenas faz um retrato fiel do que observa na vida social.

As vagas sinuosas da realidade cotidiana claramente desenhada e pintada a têmpera sobre tijolos anunciam a liberdade. Porém, o homem insiste com seu canto fúnebre ecoar o medo da solidão para, assim, produzir um assalto noturno na alma e fazer ressaltar do fundo claro da noite as suas formas e cores suaves que são compostos pelos desejos humanos.


José Lima Dias Júnior, 19:02, 29/07/2013.

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