domingo, 16 de junho de 2013

O poder...




Governos primitivos, considerados divindades, iam aos poucos sendo substituídos por reis poderosos, venerados como imortais sagrados pelos deuses. Extremamente influentes necessitam para sobreviver de um sistema puramente político. Um resíduo de autoridade os torna indeléveis a fim de manterem uma rede de dominação e subordinação. Era a personificação do poder que num sentido prático que se eleva acima dos homens. Sua presença colossal ultrapassa as inúmeras paisagens, conduzindo as pessoas desde o nascimento até a morte. Preso ao isolamento e ao silêncio aí existente, o homem  curva-se diante de uma complexidade reinante, onde parece nunca ter havido mudanças.

Os contrastes mais gritantes eram evitados ou suavizados  como forma de harmonizar regularmente os conflitos sociais. As ordens oficializadas eram cuidadosamente definidas para atingirem um fim determinado. Cuja função era dominar o ser humano e enaltecer a ideia de grandeza com o fim de não criar uma intimidade entre as pessoas. A formalização das ordens e a consequente evolução de um sistema dominante feita em série produziu uma sociedade obediente. Difundido, tal poder se institucionalizou construindo um laço de dependência eminentemente humanos motivados por necessidades e ambições humanas.

Destituído de um equilíbrio sobre-humano, as ilusões asseguram uma aparência de normalidade, onde não é capaz de produzir efeito nas emoções do espírito humano. Assim, ligado ao temor e ao conformismo, o homem se mantém familiarizado com o poder hegemônico.  Na esperança de que as realizações se concretizem, esse mesmo homem proclama do seu domínio a afirmação do seu poder.


José Lima Dias Júnior

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