Governos
primitivos, considerados divindades, iam aos poucos sendo substituídos por reis
poderosos, venerados como imortais sagrados pelos deuses. Extremamente
influentes necessitam para sobreviver de um sistema puramente político. Um
resíduo de autoridade os torna indeléveis a fim de manterem uma rede de
dominação e subordinação. Era a personificação do poder que num sentido prático
que se eleva acima dos homens. Sua presença colossal ultrapassa as inúmeras
paisagens, conduzindo as pessoas desde o nascimento até a morte. Preso ao
isolamento e ao silêncio aí existente, o homem
curva-se diante de uma complexidade reinante, onde parece nunca ter
havido mudanças.
Os contrastes
mais gritantes eram evitados ou suavizados
como forma de harmonizar regularmente os conflitos sociais. As ordens
oficializadas eram cuidadosamente definidas para atingirem um fim determinado.
Cuja função era dominar o ser humano e enaltecer a ideia de grandeza com o fim
de não criar uma intimidade entre as pessoas. A formalização das ordens e a
consequente evolução de um sistema dominante feita em série produziu uma
sociedade obediente. Difundido, tal poder se institucionalizou construindo um
laço de dependência eminentemente humanos motivados por necessidades e ambições
humanas.
Destituído de
um equilíbrio sobre-humano, as ilusões asseguram uma aparência de
normalidade, onde não é capaz de produzir efeito nas emoções do espírito humano.
Assim, ligado ao temor e ao conformismo, o homem se mantém familiarizado com o
poder hegemônico. Na esperança de que as
realizações se concretizem, esse mesmo homem proclama do seu domínio a
afirmação do seu poder.
José Lima Dias
Júnior
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