Acabaram, em todos
os sentidos, as divergências. Porém, não desaparecia repentinamente a sua
supremacia sobre o mundo. Ambientes irregulares, onde não havia espaços moldados
nem formas poéticas justapostas. Era, na verdade, um lugar sóbrio marcado pela
sucessão de erros e tentativas, mas, por vezes, sereno em que cada ponta de
esperança marcava um grande passo a frente. O menino que corre para a beira do
caminho vê aproximar-se um demiurgo, visivelmente cansado. Acena-lhes para que a
manhã repouse e refresque o espírito. Depois de se terem descansados, sentam-se
todos à mesa para degustar suas glórias diante da realidade imposta pela
austeridade humana. A seguir ao próprio artesão divino, o menino lhe aconselhava
a construir um novo tempo, já que estava velho e decidido a não começar antes
de ter desenhado o homem não necessariamente como uma pessoa vingativa ou
obstinada à barbárie e a selvageria. Mas um ser grandioso e repleto de
humildade a caminhar por um campo de flores aquecidas pelo Sol, impregnado de
uma luz intensa e contínua, que entra pelo amanhecer e atinge o alvorecer.
Adiante, o “velho mestre” murmurou em segredo:
— Santificarei as crianças e beatificarei as mulheres!
— Santificarei as crianças e beatificarei as mulheres!
José Lima Dias
Júnior
Nenhum comentário:
Postar um comentário