sexta-feira, 21 de junho de 2013

Nau dos insensatos




Ó deus da virtude, a ti confiei à vida, o meu estado de espírito. Por isso, inquietava-me o tédio de viver, a morte que arrebatara todos os homens da imundície cometida. Tudo me horrorizava, os gemidos, as lágrimas, além de um louco-homem que fora condenado a ser feliz... Ó nau, que levas os insensatos a deslizar pelo vácuo de um rio que não deságua em mim, mas produz fontes de novas dores, acolhe a natureza humana a quem tudo serve.


José Lima Dias Júnior

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