quarta-feira, 19 de junho de 2013

O louco homem...






Pelas palavras provenientes da embriaguez produzida pela vida diária, conheci um homem revestido da adolescência inquieta, que se abdicou da luxúria, porventura, do silêncio infame que se agita de suas ignomínias.

Revolvendo-se na lama, seres abjetos, agarram-se em meio ao lodo, fugindo de um mundo vil. Como eles, pressenti que havia um inimigo invisível que desejava ardentemente a celebração indigente das manhãs.

Compelido pelo falta de justiça, prolonga-se a penúria e o excesso de maldade. Que alma tão forte que não se apartava da própria morte, do próprio pecado, donde igualmente nasce a intensa vingança.

A vida que seduz o homem louco, cujo ócio lhe entorpece o espírito, resplandece nas ilusões brilhantes de suas órbitas. Glorificando eternamente o descanso, cobre-se com a sombra incorruptível da sua loucura.


José Lima Dias Júnior

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