Doménikos Theotokópoulos, El Greco (1541-1614), pintor e escultor. |
Ídolos petrificados
afastam-se subitamente de uma vitalidade agressiva, que em flagrante contraste,
mergulham no remanso profundo das águas, a atmosfera límpida exprime um falso
moralismo, tingindo o tempo de uma humanidade autêntica.
A tensão
plástica das figuras enche a paisagem de gritos agudos anulando a aristocrática
idealização dos deuses e transformando-se num sentido mais humano, que presa a
uma dinâmica linguagem parece resgatar uma fé ingênua.
Indivíduos que
vagueiam por tons quase monocromáticos vão mudando e abolindo as sombras que
reacende à luz de um sol resplandecente, cuja claridade do dia estende-se sobre
o tosco ambiente.
José Lima Dias
Júnior
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