Imagem: Nico Ouburgo, fotógrafo holandês. |
Quando o tempo aponta em direção
a outro modo de ver a existência
penso que partir não é o fim.
Nada mais é do que o movimento
de abrir e fechar a porta, mesmo que
recolhido em si mesmo sob as vestes da
solidão,
[onde toda tristeza se expande num
sentido amargo]
teremos que executarmos tal movimento.
O tempo parece se repetir ao infinito
quando guarda em si mesmo a luz da
manhã
onde o pássaro beijando o poente
atinge o vazio
se materializando e tomando parte
nesse itinerário.
José Lima Dias Júnior — 22.12.2014
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