É no ambiente das ruas que encontro fisionomias
sombrias, indagando delicadamente a realidade quotidiana, cujas crucificações das
manhãs se movem com naturalidade nos espaços definidos pelo tempo. O sangue que
escorre dos guetos se esfuma no horizonte, libertando-se do peso do realismo
humano, para colher o seu aspecto doutrinal. Visível através da janela, o dia
repousa em volta da tarde turquesa, seja ela sagrada ou profana, desfilando
diante de nós horrendas criaturas perdidas diante da cruel banalidade de uma
vida sem fé.
José Lima Dias Júnior
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