A Escola de Athena - Rafael Sanzio |
Sem, contudo,
renunciar à expressão da própria alma que absorve e amortece a luz das manhãs
inclina-se sobre o corpo um sentimento humanista e trágico de melancolia que
exprime a sublime transfiguração do espírito humano.
Anulando o sentido
atmosférico da paisagem e desprezando qualquer forma imitativa da realidade, o
homem mergulha no vácuo de um espaço não natural, onde um emaranhado de cores
frias o coloca diante de um deus mais vingador que fraterno, atingindo autênticos
aspectos de uma expressão surrealista. Nesse sentido, os homens flutuam em
diversos planos ao redor de um gesto inexorável para viverem em completa
solidão, que parece anunciar
um caráter festivo.
José Lima Dias
Júnior
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