quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Silenciosa manhã


Nessa divina comédia
chamada existência
os homens alimentam
os cães que ladram com
a carne enfraquecida das
criaturas aflitas.

Um quadro alegórico transpõe
às portas do Sol, onde a chama
não reconhecia o contorcionismo
das labaredas ao gritar de alegria.

O arrebol num jogo de improvisar
queimava o resto de paciência que
adquiriu na aridez mórbida daquela
silenciosa manhã.

José Lima Dias Júnior — 07.012.2013

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