sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Tão alheio e soturno

Arte: Duffy Sheridan, pintor americano.

Acenava das ruas o tédio daquela reclusão
que indefinidamente degustava o brilho da manhã.

O olhar sempre sólido descortinava um pedaço de tempo
onde a esperança calçando as chinelas seguia a pé em
busca da existência.

Pelos arredores de minh’alma, tão alheio e soturno, adornei
com as lágrimas do teu pranto a dor que me restou.
E você, em silêncio, se pôs a não aceitar o desalento.



José Lima Dias Júnior — 12.12.2013

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