sábado, 7 de dezembro de 2013

No decurso dos dias


Mesmo morrendo de velhice tenho que carregar
este fardo pesado e doloroso me atormentando.
Em plena rua, o tempo nos conduzindo pela mão,
devagar, quase sem insignificância mostra toda sua
imensidão.
Entre os transeuntes vi nossa existência miserável chegando ao fim
onde seus mais ardentes desejos não atingiria minha indigência.
Que tolice nos afligirmos no momento de morrer!
Nascemos de lágrimas e alegrias quando morremos de velhice.

Imagem: Lusia Popenko, pintora russa.


José Lima Dias Júnior — 04.12.2013

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