segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A morte do velho mendigo



Aquele homem comum
que levando uma vida miserável
morrera por excesso de insensatez.

Seu espírito curvara-se
sob o peso da sua ignorância
já deteriorado pelo tempo.

Muitas vezes escarnecido pelos algozes
fora arrancado da vida contemplativa sem
corromper a dignidade de sua arte.

Assim, esses homens atormentadores
por se preocuparem demasiado com seus interesses pessoais
e como se enriquecerem não se ocuparam o bastante com as
coisas úteis da vida.

Em verdade, as palavras que trouxeram enrolada em papel de
embrulho para serem degustadas na mesa fria da hipocrisia e
o discurso que apresentava na ponta da língua foi vomitado
e lançado ao vento.

Necessitando de lume para se fortalecer e fazer renascer,
o velho homem mergulhou num profundo silêncio,
 já que se fizera mais tolo e presunçoso
do que quando deixou a casa paterna.


José Lima Dias Júnior — 19.12.2013

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