quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quimeras...



Devaneios figurativos,
Cuja inocência,
De uma realismo onírico,
Cavalga no livre curso,
Ligando-se ao movimento,
Das direções aparentemente divergentes,
Liberto dos modelos exteriores,
De uma escrita inventada,
Da nudez escancarada,
Da verdade não achada,
Do desenho que obedece,
A um impulso interior,
Sem pretensão,
De captar das manhãs,
As aparências sonhadas,
De um mundo real,
Prolongando-se
Na sua singularidade,
As intermitências da morte,
Onde impõe o silêncio,
Em traços leves e dispersos,
Que ultrapassa o horizonte encorpado
Pelo lume viscoso do tempo,
Se encurvam, se transformam
Num espelho que reflete a luz,
De uma natureza mais nobre,
Cujas, as linhas curvas e alongadas
Transmitem a melancolia das tardes,
Que contrasta com a alegre noite,
Preservando a sensação
De espaço livre e vazio,
Cuja força criadora conservou.


José Lima Dias Júnior

4 comentários:

  1. Muito boa sua poesia, gostei bastante e me tornei seguidor do seu espaço, sobretudo porque é preciso manter acesa a chama da cultura e da arte alternativa, a nossa velha e boa poesia quase sempre marginal, formando agora um elo entre o circulo literário mossoroense do movimento literário novos poetas, o qual vc faz parte, vc também é um novo poeta, e o circulo literário aqui do auto-oeste potiguar, elo esse que será fortalecido pelas publicações nesses espaços virtuais e também nos espaços impressos, como o clandestino, os jornais tradicionais e os blogs...lembro de haver lido algum texto seu em algum lugar não lembro onde...ou foi no clandestino
    ou no gazeta...

    ResponderExcluir
  2. Eu sou Yuri Hícaro, Izóscelis Escaleno é o pseudonimo que uso na organização do blog,mas publico sempre pelo meu nome verdadeiro...já publiquei nessas mídias citadas a cima também!!!
    Escolherei um poema seu e publicarei em poemas da estrada, com o seu devido nome, é claro!

    ResponderExcluir
  3. Caro Izócelis Escaleno!

    Fico lisonjeado pelas palavras e incentivos. Sou um grande amigo do poeta-jornalista, homem das letras, Mário Gerson. Vi a gestação e o nascimento do Clandestino. Sou historiador por formação e leciono na Rede Municipal de Ensino. Sou co-autor do livro "Os Carmelitas em Mossoró" pela Coleção Mossoroense. Gostei muito da forma como escreve e sua verve me cativou desde o primeiro momento que te descobri pelo mundo virtual. Avante, poeta!

    Abraços,

    Lima Júnior ("Amil Said")

    ResponderExcluir
  4. É com satisfação, grande poeta, que consebo suas palavras a respeito da minha poesia e a sua participação no meu espaço, pois assim como você não é de hoje que travo duelos dantescos comigo mesmo e com o descaso na luta para que a arte ganhe estatos de bem comum em nossa sociedade. Estou sempre em Mossoró analizando as novas tendências, e farei o lançamento do meu primeiro livro aí dentro em breve pela coleção literatura potiguar,"Um Canto Conforme a Noite".

    Abraços

    ResponderExcluir