quinta-feira, 7 de junho de 2012

O solitário poeta...



O poeta solitário é um entusiasta das impressões cotidianas,
Onde a cada dia procura igualmente adaptar os dias,
Como se aquela manhã tivesse reservado para si a angústia da noite,
Que surge ao mesmo tempo por entre ângulos inesperados,
Das retinas, ele, verifica a divergência radical que se apresenta,
Na vida de milhares de seres que avançam em percursos paralelos.

Por um momento, um alargamento da percepção, é visível encontrar,
Um afastamento das linhas, assimétricas, das ruas,
Confirmando-os numa direção, na contra-mão, que, por ora,
Continua impedindo a seguirem sem saída,
Escrevendo nas páginas vazias do tempo,
Enormes composições alegóricas,
Em que a nobre nudez dos dias,
Surge no cenário vão de majestosas palavras incompreensiveis ao espírito livre,
Que não comove pela candura, pela ingenuidade poética,
Dominado pela singularidade do tempo presente,
Tão solitário, tão livre com sua arte,
O poeta alcança um brilhantismo imediato,
Capaz de colher inspiração num determinado,
Mundo multiforme, com tantas coisas,
Tão contraditórias e mal definidas,
Porém, a solidão, a ângustia e a melancolia lhe causara a morte.
Triste poeta, buscava no futuro uma resposta para o presente.


José Lima Dias Júnior

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